TEAM SEPÚLVEDA

domingo, 31 de enero de 2010

Kiffa – Kayes

bandeira%20portuguesa

Os 300 km que ligam Kiffa a Kayes foram feitos totalmente por fora de estrada. Toda a parte burocrática da saída da Mauritânia já tinha sido resolvida ontem à noite. Os polícias e os militares deslocaram-se até ao hotel para carimbar todos os passaportes…

No fundo, o dia de hoje foi como pensávamos que iriam ser todos. Nem 5 km depois de termos saído do Hotel já estávamos fora de estrada e assim continuamos até ao destino final. Apenas com orientação GPS para o ponto de chegada, as paisagens foram mudando desde o deserto da Mauritânia, para progressivamente mais vegetação, até à Savana do Mali. Passámos por dezenas e dezenas de povoações sem qualquer lógica compreensível de localização, milhares de cabeças de gado, alguns lagos, enfim, um pouco de tudo. Pó, muito pó. Calor, muito calor. Chegámos a apanhar 43 graus, que não são os mesmos 43 graus da Europa… Mas que não deixam de ser quentes, apesar de não dar praticamente para transpirar. Tudo isto, sem ar condicionado, vidros abertos e pó desde os pés até ao tejadilho!

No meio disto tudo e sem perceber muito bem como é que lá chegámos, acabámos por cruzar a fronteira com o Mali numa pequena vila, onde por acaso havia uma guarita com dois guardas: um com um carimbo e outro com um caderno quadriculado para escrever os nomes das pessoas que passavam. Na verdade, em África, todos os caminhos vão dar aos mesmos pontos. Por mais voltas que tenham dado, toda a gente convergiu na fronteira.

Como já dissemos anteriormente, foi talvez o dia mais interessante de toda a viagem até agora. O problema é que não há uma liderança, não há regras de conduta, de modo que todos fazem o que querem, nomeadamente o guia. Cada um anda para seu lado, pára quando quer, ninguém anda junto. Uma bagunça total. Se durante o dia isso só gerou percas de tempo, ao final do dia as coisas complicaram-se porque caiu a noite e ainda estávamos todos a mais de 50 km do Hotel. 50 Km podem parecer pouco, mas 50 km em todo o terreno e sobretudo à noite são mais de duas horas de condução. Isto significa que as pessoas, de repente, tiveram que começar a olhar para o GPS com olhos de ver e em África o GPS não indica nada senão um ponto que é o destino final. Caída a noite, cada farol que se via ia na sua direcção e poucos na direcção certa.

Já no final cruzámo-nos com um grupo de carros que iam completamente em sentido contrário e que assim continuaram, sem sequer quererem saber para onde é que nós íamos.

Acabámos por ser os primeiros a chegar, já com quase duas horas de condução à noite. Amanhã saberemos como é que correu a vida aos outros.

Um dia perfeito, com um final perfeitamente disparatado. Ontem fizemos um percurso por estrada alcatroada com polícia à frente e policia atrás, não fosse acontecer-nos alguma coisa. Hoje, completamente fora de estrada, com horas de condução nocturna, a protecção foi zero… Vá-se lá perceber esta organização e estes Húngaros!

Amanhã estamos a organizar tudo para seguir directamente para Bamako e assim chegar um dia mais cedo. De qualquer forma estamos a organizar um percurso fora de estrada e amanhã contaremos mais pormenores…

IMG_9776

IMG_9783

IMG_9785

IMG_9809

IMG_9812

IMG_9814

IMG_9829

IMG_9849

IMG_9857

IMG_9862

IMG_9874

IMG_9879

IMG_9889

IMG_9928

IMG_9936

IMG_9938

IMG_9940

IMG_9959

Nouakchott – Kiffa

bandeira%20portuguesa

O guia que trazemos connosco desde a fronteira Marrocos – Mauritânia é um Mauritano de Kiffa que viveu 10 anos no Brasil, por isso fala perfeitamente português. Hoje como o hotel não tinha pequeno-almoço, e o guia já é nosso amigo, levou-nos a tomar o pequeno-almoço à “Versailles” de Nouakchott.

O dia de hoje era um dia de ligação entre a capital e a cidade de Kiffa. 650 kilómetros todos por estrada. Logo à saída de Nouakchott tivemos que parar para nos juntarmos todos e formar um comboio. À nossa frente seguia um Jipe da Gendarmarie y atrás, a fechar o comboio seguia outro.

Sinceramente esta escolta durante estes 650 kilómetros foi um perfeito disparate. Não há nenhuma razão para tanto aparato. Acabámos por estar presos a um comboio o dia todo. Saímos às 9:00 da manhã e chegámos às 20:00, para fazer tudo por estradas óptimas, perfeitamente asfaltadas a uma velocidade que variava entre os 65 e os 90 km/h.

A pobreza das terras por onde fomos passando é constante, e não dá para perceber como é que esta gente vive. A partir da parte final da viagem, a paisagem foi começando a mudar. Começa a haver mais relevo, mais água e mais verde.

bandeira_espanha

El guía que nos acompaña desde la frontera Marruecos – Mauritania vive en Kiffa pero ha vivido en Brasil 10 años, con lo cual habla perfectamente el portugués. Como el hotel de hoy no tenia desayuno el guía nos ha llevado a los dos a desayunar al mejor sitio de Nouakchott.

El día de hoy era un día de conexión entre la capital y la ciudad de Kiffa. 650 kilómetros todos por carretera. Nada más salir de Nouakchott hemos tenido que parar para formar una caravana de coches. Delante seguía un coche de la Gendarmarie y detrás, cerrando, venia otro.

La verdad es que tal medida de seguridad nos parece un exagero. No hay ninguna razón para tales medidas. En el fondo hemos estado presos a una caravana todo el día. Después de salir a las 9:00 solo hemos llegado a las 20:00. 11 horas para hacer 650 kilómetros en una carretera perfectamente asfaltada en que la velocidad media habrá sido de unos 80 km/h.

La pobreza a lo largo de todo el viaje es una constante y cuesta entender cómo puede la gente vivir así. En la parte final del viaje, el paisaje cambia, ya nos es todo tan plano como antes, empiezan a desaparecer las dunas, hay más zonas verdes y más agua.

IMG_9691

IMG_9706

IMG_9712

IMG_9719

IMG_9721

IMG_9726

IMG_9727

IMG_9756 IMG_9763

B2Beach – Nouakchott

bandeira%20portuguesa

A noite na praia foi bastante mais fria que a noite no deserto. Mas deu para descansar. Uma vez mais, estávamos a ser vigiados à distância pelos militares Mauritanos.

A manhã de hoje foi a continuação da tarde de ontem… Praia e não fazer nada enquanto esperamos que a maré baixe um pouco mais. Ainda deu tempo para um de nós dar um mergulho! (Quem terá sido…?)

Hoje tínhamos dois percursos alternativos até Nouakchott. O primeiro era fazer 30 kilómetros pela praia e outros 100 por estrada e o segundo era fazer 130 kilómetros pela praia. Escolhemos o primeiro.

Se ontem nos cruzámos na estrada com um Rally de 2CV que vinham precisamente de Bamako, hoje foi a vez de nos cruzarmos com outro, semelhante ao nosso, organizado pela Globe Trotter 4x4, que vinham de… Bamako! Estivemos um bocado à conversa com eles e disseram-nos que não há problema nenhum na viagem até ao Mali. Que nunca foram países seguros, mas que não estão piores do que estavam à 10 anos atrás. Apenas que é preciso cumprir a normas mínimas de segurança. Ou seja, continua por desvendar o mistério da anulação do Budapeste – Bamako oficial.

A entrada em Nouakchott não é fácil. Isto é outro mundo, outra realidade… Talvez o que se possa esperar da capital de um pais como a Mauritânia. Não é só a pobreza que choca, pois já convivemos com ela há algumas centenas de kilómetros, mas sim as condições de pobreza. As pessoas que não vivem em casas (sim, porque em Nouakchott há casas!) vivem literalmente no meio do lixo! As cabras que andam a pastar pelo meio da cidade alimentam-se de esse mesmo lixo.

Ao ser uma grande cidade e talvez por ser a capital, existem bastantes contrastes entre o “rico” e o pobre. O trânsito é caótico e não há qualquer norma de circulação. Aqui tudo funciona à base da buzina e do chega para lá.

Estivemos a dar uma volta pelo centro e tentámos apanhar a internet de algum “vizinho”, o que não foi fácil. Algo conseguimos publicar, mas não tudo, pois a ligação era bastante lenta e com muitos cortes. Amanhã vamos tentar lá voltar, antes de partir para Kiffa.

Hoje tivemos direito a jantar peixe, no restaurante do Hotel. Dourada grelhada, mais precisamente…

Amanhã são 650 kilómetros até Kiffa. No dia seguinte faremos a ligação Kiffa – Kayes, para depois por fim chegarmos a Bamako no dia 31.

bandeira_espanha

La noche en la playa ha sido bastante más fría que la noche en el desierto, pero aun así hemos podido descansar. Hemos vuelto a estar vigiados durante toda la noche por los militares Mauritanos.

La mañana de hoy ha sido la continuación de la tarde de ayer… Playa y nada que hacer mientras esperábamos que bajara el nivel del mar. Nos hemos dedicado a ordenar un poco el coche y aún ha dado tiempo para un baño en el mar.

Hoy podíamos elegir entre dos trayectos distintos hasta Nouakchott. El primero sería hacer 30 kilómetros por la playa y luego otros 100 por carretera y el segundo seria hacer los 130 kilómetros por la playa. Hemos elegido la primera opción.

Se ayer nos hemos cruzado en la carretera con un rallye de 2CV que volvían de Bamako, hoy en la playa nos hemos cruzado con otro rallye, más parecido al nuestro, organizado por Globe Trotter, que volvían de… Bamako! Hemos estado hablando con ellos y nos han comentado que el viaje hasta el Mali no tiene cualquier tipo de problema. Que estos países no son ni nunca han sido países seguros, pero que no pasa nada siempre y cuando se cumplan las normas básicas de seguridad. O sea, que continúa por desvendar el misterio de la anulación del Budapest – Bamako oficial.

La entrada en Nouakchott choca. Es otro mundo, otra realidad. O a lo mejor esto es lo que se puede esperar de la capital de un país como Mauritania. No es solo la pobreza lo que nos choca, pues ya convivimos con ella desde hace ya unos largos cientos de kilómetros, pero si las condiciones de dicha pobreza. La gente que no vive en casas (si, porque en Nouakchott existen casas!) vive en el medio de la basura! Los animales como las cabras que pastan en el medio de las calles, se alimentan de esa misma basura.

Al ser una grande ciudad y a lo mejor por ser la capital, el contraste entre el “rico” y el pobre es mas acentuado. El tráfico es un caos y no existen normas de tráfico. Todo funciona con el claxon…

Nos hemos dado una vuelta por el centro y hemos intentado pillar internet a algún “vecino”. Aunque no ha sido nada fácil, lo hemos conseguido. Algo hemos podido publicar pero no todo. La conexión era malísima y se cortaba constantemente. Mañana por la mañana lo intentaremos de nuevo.

Hoy hemos cenado pescado en el restaurante del Hotel. Mañana son 650 Kilómetros hasta Kiffa. El día siguiente tendremos la conexión Kiffa – Kayes, para después por fin llegar a Bamako el día 31 de enero!

 

IMG_9634

IMG_9643

IMG_9645

IMG_9654

IMG_9659

IMG_9663

IMG_9667

IMG_9669

IMG_9672

IMG_9674

IMG_9681

IMG_9682

IMG_9685

IMG_9683

Bou Landar – B2Beach

bandeira%20portuguesa

Hoje tivemos um Briefing às 8:00, fundamentalmente para ressalvar que com este grupo estava reposto o espírito original do Budapeste – Bamako. Voltaram a salientar-se as normas básicas de segurança que temos que cumprir, como andar sempre com alguém, avisar sempre que queremos sair do percurso original, etc.

Nesse mesmo briefing tivemos a visita do Chefe das Forças Militares que nos deu as boas vindas à Mauritânia e que nos agradeceu o facto de respeitarmos as medidas de segurança.

Hoje havia 3 rotas possíveis para sul:

A – Por estrada até Nouakchott;

B – Pela praia. Esta era a mais radical, que entrava pelo parque nacional, 40 kilómetros até à praia e depois cerca de 150 kilómetros até ao Bivouac.

C – 100 kilómetros para sul por asfalto, depois 10 kilómetros por caminhos até à praia e depois 40 kilómetros pela praia até ao Bivouac.

Escolhemos a opção C e mesmo assim já passámos no limite da maré. Os que escolheram o percurso B acabaram por já chegar de noite e pelo interior das dunas e com um ar de quem se tinha atascado muitas vezes.

Tivemos uma tarde de praia, sem nada para fazer, pois só podemos sair com a maré baixa que será durante a noite e amanhã por volta do meio-dia.

bandeira_espanha

Hoy tuvimos el briefing sobre las 8:00, donde se ha hecho inca pie en el hecho de que con este grupo y este espirito, el Budapest – Bamako volvía a sus origines y al espirito de hace 4 años. Se ha vuelto a hablar del cumplimento de las normas básicas de seguridad, como nunca circular solo, o avisar siempre que queramos salir de la rota planificada, entre otras.

Hemos tenido la visita del jefe del ejercito que nos ha agradecido nuestra visita a Mauritania y nos ha pedido que por favor respectemos las normas de seguridad.

Hoy había 3 diferentes itinerarios para sur:

A – Por carretera hasta Nouakchott;

B – Por la playa, entrando por el parque nacional, 40 kilómetros por las dunas y después 150 kilómetros por la playa hasta el Bivouac.

C – 100 kilómetros para sur, por carretera, luego 10 kilómetros por caminos hasta la playa y después 40 kilómetros de playa hasta el Bivouac.

Hemos elegido la opción C y aun así ya hemos pasado en el límite una vez que a determinada hora cuando sube el mar ya es imposible pasar. Los que han elegido la opción B han llegado ya por la noche, por las dunas porque ya no podían pasar por la playa y bastante cansados.

Luego hemos tenido una tarde de playa, sin nada que hacer, una vez que teníamos que esperar a que bajara el mar. Eso será hoy por la noche y mañana sobre el medio día.

 

IMG_9377

IMG_9388

IMG_9394

IMG_9396

IMG_9397

IMG_9406

IMG_9413

IMG_9417

IMG_9427

IMG_9436

IMG_9472

IMG_9475

IMG_9482

IMG_9499

IMG_9523

IMG_9530

IMG_9579

IMG_9583

IMG_9602

IMG_9604

IMG_9627

IMG_9610